- by Rodrigo
- 18/02/2022
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Os escritórios de coworking, espaços de trabalho compartilhados focados em cooperar e gerar sinergias entre usuários, já ultrapassam 800.000 metros quadrados de superfície em todo o Brasil.
Entre os novos espaços em ascensão, os colivings são a evolução do coworking, mais um passo para a convivência de usuários com o objetivo de compartilhar muito mais do que projetos profissionais.
Grandes cadeias hoteleiras, países e territórios com elevado apelo de férias como Balneário Camboriú, Florianópolis ou até mesmo outras cidades turísticas apostam no 'workstation', um conceito pensado para viver e trabalhar, aumentando a qualidade de vida.
A pandemia, além da crise sanitária e econômica que está causando, trouxe novos atores, como o trabalho remoto, que por sua vez estão acelerando novas formas de trabalhar e viver.
São os coworkings, colivings e workstations, que não só abrem as portas a novos nichos de mercado no setor imobiliário, como também geram novos perfis profissionais para revitalizar e comercializar estes espaços, o que representa uma grande oportunidade de negócio para o setor imobiliário.
Esses modelos já existiam em nossa sociedade, especialmente os dois primeiros, mas a pandemia que nos assola vai ser um forte catalisador do processo, acelerando seu desenvolvimento e transformando-os em alternativas muito interessantes e desejadas, fundamentalmente entre os mais jovens. faixas etárias.
De fato, os coworkings, espaços de trabalho compartilhados focados em cooperar e gerar sinergias entre usuários, promovendo assim a vida social e laboral, estão em ascensão e já ultrapassaram 800.000 metros quadrados em todo o Brasil.
O coliving, uma espécie de co-experiência ou residência corporativa, é, por sua vez, a evolução do coworking, mais um passo para a convivência de usuários com o objetivo de compartilhar muito mais do que projetos profissionais. Neste sentido, estas comunidades podem ter áreas de escritórios, bibliotecas, ginásios e tudo o que o promotor quiser incorporar e for viável.
A recente regulamentação em algumas localidades de mini-apartamentos com espaços comunitários compartilhados estabelece uma base legal para este tipo de promoção, que sem dúvida veremos crescer nos próximos anos devido à sua grande demanda.
A ascensão desses novos modelos de viver e trabalhar está a dar origem a novos perfis profissionais associados à revitalização destes espaços: o 'community builder' no caso dos coworkings e o community manager nos espaços coliving.
Isso oferece ao profissional a oportunidade de entrar na comercialização desse tipo de produto, convenientemente treinando para conhecer e controlar perfeitamente as peculiaridades desse novo mercado em que atua e que abre tantas possibilidades de mercado para o setor imobiliário.
Viver e trabalhar em áreas de férias
Nesse contexto de conciliação da vida social, do trabalho e do lazer no mesmo espaço, entra em jogo o trabalho. Este conceito, que combina os termos anglo-saxónicos trabalho e férias, é mais recente, mas a pandemia acelerou a sua encenação e a sua abordagem baseada na melhoria da qualidade de vida nas áreas associadas às férias proporciona um desenvolvimento relevante deste modelo de negócio.
Neste sentido, apostam neste formato grandes empresas e cadeias hoteleiras, mas também alguns países e territórios com elevada atração turística como Brasil, México ou Bermudas.
A entrada em jogo do teletrabalho permite essa mobilidade, e permite também que a oferta hoteleira seja reajustada a novos alvos e formas de compreensão do modo de vida.